quarta-feira, 4 de julho de 2012

Solidão

Solidão é eu estar sentada aqui nessa cadeira, pensando na solidez da solidão.

Solidão é fazer dueto de assovio com o Camelo, enquanto toca "Doce Solidão" no player.
Solidão é sair na rua e ver a linda lua, amarela e inchada.. e sorrir sozinha enquanto segue caminhando só pela calçada molhada de sereno.
É olhar a Borges, de cima do viaduto apreciando as luzes do trânsito.. mesmo odiando toda aquela maquinaria tão poluidora.
É seguir na Duque e sentir a dorzinha no coração por não poder mais descer a escadaria e dar de cara com a Casa M. Ali, hoje, é um caminho de imensa solidão.
A sinto também pelos corredores da Esade, onde nunca mais encontrei olhar seguro para pousar.
Mas até nos grupinhos entre amigos, me afasto, me isolo... fico procurando ela, sinto sua falta.
Solidão.
Sempre ímpar e nunca par.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Retomando o blog... ^^

Bah! Abandonei meu bloguezito querido!
Well... para dar uma atualizada rápida de janeiro até aqui:
Estou cursando, finalmente, Ciências Sociais na UFRGS. A partir daí tudo mudou. Ou nada.
Conheci galeres bacanas, já li clássicos políticos, aprendi a tal etnografia e fizemos disso piada interna meio sem graça. Bastante festas divers, paixonites, 3h por dia no T8 abaixo de muita risada, gritaria e cantoria, sol transformador, grana curta, criticidade, saúde frágil, correrias no movimento estudantil, e deixa eu ver o que mais?
That's it.

domingo, 1 de julho de 2012

um bilhete escrito de caneta vermelha no fundo da bolsa verde

Eu queria que ninguém mais gostasse de mim,
e também que o sol não fosse tão amarelo,
e que a rua não tivesse tanta árvore bonita
com tanto passarinho cantando por cima.
Eu queria ficar no azul do dia,
enquanto é frio e confortável e justo.
Queria parar naqueles pensamentos amenos
o que vestir? o que vou ler hoje?
mas vão piorando
que horas são?
Mas eu vou escovar os dentes e ao abrir a tampinha da pasta,
me lembro de ti outra vez.
E outra vez os pensamentos amenos já se foram.

E o dia segue assim: tentativas e mais tentativas de permanecer num lugar macio e seguro dentro de mim.

Quando vi, já tinha destrinchado todo esmalte, eu já estava chorando.