quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Recepção ao câncer

Uns dias vem dor; em outros, sangue.
Às vezes me esqueço.
Às vezes não durmo, de medo.

Qual a diferença entre me jogar de um penhasco ou não tratar?
Mentir pra mim mesma que não dói e que não sangra e que não cresce cada vez mais e mais.


Nota: não deixar nunca o amor virar um câncer.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Solidão

Solidão é eu estar sentada aqui nessa cadeira, pensando na solidez da solidão.

Solidão é fazer dueto de assovio com o Camelo, enquanto toca "Doce Solidão" no player.
Solidão é sair na rua e ver a linda lua, amarela e inchada.. e sorrir sozinha enquanto segue caminhando só pela calçada molhada de sereno.
É olhar a Borges, de cima do viaduto apreciando as luzes do trânsito.. mesmo odiando toda aquela maquinaria tão poluidora.
É seguir na Duque e sentir a dorzinha no coração por não poder mais descer a escadaria e dar de cara com a Casa M. Ali, hoje, é um caminho de imensa solidão.
A sinto também pelos corredores da Esade, onde nunca mais encontrei olhar seguro para pousar.
Mas até nos grupinhos entre amigos, me afasto, me isolo... fico procurando ela, sinto sua falta.
Solidão.
Sempre ímpar e nunca par.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Retomando o blog... ^^

Bah! Abandonei meu bloguezito querido!
Well... para dar uma atualizada rápida de janeiro até aqui:
Estou cursando, finalmente, Ciências Sociais na UFRGS. A partir daí tudo mudou. Ou nada.
Conheci galeres bacanas, já li clássicos políticos, aprendi a tal etnografia e fizemos disso piada interna meio sem graça. Bastante festas divers, paixonites, 3h por dia no T8 abaixo de muita risada, gritaria e cantoria, sol transformador, grana curta, criticidade, saúde frágil, correrias no movimento estudantil, e deixa eu ver o que mais?
That's it.

domingo, 1 de julho de 2012

um bilhete escrito de caneta vermelha no fundo da bolsa verde

Eu queria que ninguém mais gostasse de mim,
e também que o sol não fosse tão amarelo,
e que a rua não tivesse tanta árvore bonita
com tanto passarinho cantando por cima.
Eu queria ficar no azul do dia,
enquanto é frio e confortável e justo.
Queria parar naqueles pensamentos amenos
o que vestir? o que vou ler hoje?
mas vão piorando
que horas são?
Mas eu vou escovar os dentes e ao abrir a tampinha da pasta,
me lembro de ti outra vez.
E outra vez os pensamentos amenos já se foram.

E o dia segue assim: tentativas e mais tentativas de permanecer num lugar macio e seguro dentro de mim.

Quando vi, já tinha destrinchado todo esmalte, eu já estava chorando.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Motivada pela indagação do porquê meu celular estar cor-de rosa:

Troquei a capinha do meu celular.
Me ajuda a esquecer as pessoas. A esquecer os dias que passei aflita, junto ao aparelho, esperando algum sinal. Fitando absorta num pensamento exagerado de carência de atenção. Ou de lembrança. Ou qualquer outra coisa que represente minha importância em sua vida, ou a simples saudade.
Mas nem por engano, ele nunca me ligou.
E foi por isso que tive de trocar
a cor do meu celular.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Little by little.

Exercício findo,
desentendimento eterno, 
só fui
à rua bonita, ao rio.
Ao céu. 

Estrelas,
as fixas, e as que dançam ao som
do estalar de sucessivos brindes.

Vida longa a nós,
que o ano dure, e que
preste.

Volta, vai?
E tu não chora.

Concurso das árvores com o calor, conosco...
Ai o meu sonho, 
vou lá pegá-lo para mim.

E o resto, para o próximo post. 
Little by little.

"Voe mais alto que o avião.
Se insiste em voar baixo.
Embarque agora nessa falsa liberdade.
Se acredita na mentira.
Eu  acredito sempre na verdade."
ROCARTÊ

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

2011 ACABOU.

O ano enfim se foi. Desta vez cuidarei para deixá-lo ir em paz.
Que se vá de uma vez, e nunca mais volte, que não mais me chateie com suas chatices chatas.

:B

No feriado de natal, estava revoltada.  Está bem, está bem. O semestre na faculdade já acabou, os ânimos estão tranquilos em casa e escri e prefeitura também. Mas não pude ceder ao conforto do equilíbrio!
Droga, não sou católica, não acredito que um dia um menino chamado Jesus tenha nascido de um milagre e blá-blá-blá.. por que então me incluem nessas festividades? E ninguém tem escolha. Pelo menos ninguém com família, irmãos pequenos, trabalho onde estão todos felizes (e por qual motivo???) e esperançosos, afinal de contas, É Natal. Apenas por isso.
Digo-lhes uma coisa. Na capital do Rio Grande do Norte é natal o ano inteiro, e por lá ninguém é tão bobo para se sentir ~no clima~ de jingle bells trezentos e tantos dias por ano! Vinte e cinco de dezembro deve ser uma piada interna entre os natalences, naquele calor todo. Há fé para tudo isso será? Não aqui em mim.